Livro conta participação da IBM no nazismo
Lançado ontem em mais de 40 países, o livro "IBM e o Holocausto" mostra documentos que comprovam a participação da empresa de informática norte-americana IBM junto ao III Reich, durante a Segunda Guerra Mundial. O papel da IBM, segundo o autor Edwin
Black, foi fundamental para a identificação de judeus. O autor ainda cita que a tecnologia fornecida pela IBM foi o instrumento que os nazistas precisavam para aniquilar a população judaica.
volta
para cima
John Lennon: entrevista censurada
é lançada em livro Até entrevistas bombásticas (e inéditas) com John Lennon, assassinado em 1980, saem do baú sem fundo dos Beatles. A notícia beatlemaníaca da semana é o livro "Lennon Remembers, The Complete Rolling Stone Interviews", com uma entrevista completa dele para a revista "Rolling Stone", que tinha sido censurada originalmente, em 1970. O livro vai ser lançado em 9 de outubro na América do Norte e na Grã-Bretanha. Pelo jeito, "Lennon Remembers" (da editora inglesa Verso) vai estragar a festa de "The Beatles Anthology", uma biografia dos três outros membros da banda, que vai ser lançada ao mesmo tempo pela editora Chronicle Books. Na entrevista para a "Rolling Stone", o beatle fala da separação da banda, de sua relação com as drogas, de sua atitute revolucionária e dos problemas de Yoko Ono com os outros membros da banda. A data da publicação coincide com o que seria o aniversário de 60 anos dele, além dos 20 anos de sua morte.
Uma das partes mais polêmicas do livro é sua sinceridade ao falar sobre o uso de drogas entre os integrantes da banda. "'Help' foi feita à base de maconha. 'A Hard Day's Night', a pílulas. Eu tomo pílulas desde que tinha 17, 19 anos… Desde que virei músico. Sempre precisei de drogas para sobreviver. Os outros também, mas eu sempre usei mais. Tomei mais pílulas, fiz mais de tudo, porque sou mais maluco, provavelmente." Outro assunto discutido por Lennon na entrevista são os efeitos que a morte do empresário da banda, Brian Epstein, teve na vida deles, em 1967. "Depois da morte de Brian, a gente desabou. Paul (McCartney) pegou à frente da banda e, supostamente, liderou a gente. Mas o que era 'liderar' se nós estávamos sempre indo em círculos? Nós nos separamos então. Foi a desintegração… Eu não tinha nenhuma idéia sobre o que tínhamos talento para fazer a não ser música. Fiquei com medo. Pensei, 'nossa vez já foi'." Um dos pontos polêmicos do fim dos Beatles foi a relação de McCartney e George Harrison com Yoko Ono. "Por que ela devia engolir tudo que eles diziam? Eles sentavam-se com suas mulheres, como uma merda de um júri, e julgavam a gente… Ringo foi legal, assim como Maureen (Cox, sua mulher), mas os outros dois realmente irritaram muito a gente. Não posso perdoá-los por isto, realmente, mas ainda amo todos." O livro tem um prefácio de Yoko e uma introdução de Jann Wenner, publisher da "Rolling Stone". A obra também vai ter reproduções inéditas de manuscritos de canções da banda. A projeção total de vendas do livro é de 20 milhões de exemplares em todo o mundo.
volta
para cima
Livros
para se ouvir: será que a moda pega? WebWorld, agosto de 2000
http://idgnow.uol.com.br/webworld/
O comediante Robin Williams falou no popular programa de televisão norte-americano "Tonight Show", ancorado por Jay Leno, de sua nova mania. "Trata-se de pontocom audível", explicou. "É um show diferente a cada semana, produzido para a Web, para que as pessoas façam download e rodem em seus computadores por meio de um player de MP3", afirmou. "É basicamente rádio", disse por fim, resumindo o projeto do qual está participando, "meia hora semanal com Williams".
O conceito de shows e livros que podem ser baixados na Internet ainda é uma novidade que merece destaque na televisão, mas tende a se popularizar nos EUA e entrar no cotidiano das pessoas. "A maioria das crianças fica muito confortável para fazer o download dos shows", diz Williams. "Mas os adultos ainda pensam 'Eu não consigo fazer isso'", brinca.
A Internet é, em muitos sentidos, um nicho natural para os chamados "áudio books", um setor ainda pequeno mas crescente do negócio de venda de livros. Mas sites como o Audible estão investindo em séries como o projeto de Robin Williams, e oferecem artigos de jornais e entrevistas com autores. Tudo em arquivos de áudio para o internauta baixar em seu PC e escutar quando quiser.
Além do Audible, que oferece livros-áudio desde 1997, o MediaBay.com (MBAY), o Audiohighway.com, o Voquette e o MP3Lit.com dividem esse novo nicho de mercado nos EUA.
Mercado em expansão
Os livros-áudio constituem um negócio em expansão, com vendas estimadas em surpreendentes US$ 2 bilhões em 1998 - 10% a mais do que no ano anterior -, de acordo com a Associação de Editores de Áudio dos EUA. Espera-se que a explosão da Internet leve a reboque a novidade, que tem algumas vantagens inegáveis sobre os concorrentes offline: menor custo de produção, armazenamento e entrega, o que na prática se traduz em preços mais baixos para os consumidores. Além disso, os editores podem mudar os preços imediatamente conforme o humor do mercado.
A novidade resolveu ainda uma das maiores dores de cabeça do setor: o retorno de livros encalhados. Hoje em dia, as livrarias devolvem itens que não foram desovados para as editoras e são reembolsadas. Os livros-áudio, no entanto, dispensam esse custo operacional.
Devido ao fato desses sites terem licenciado distribuição com tradicionais editoras de áudio, eles trazem títulos que realmente despertam o interesse do grande público.
Calcanhar de Aquiles
O principal entrave à venda de conteúdo falado digital é a necessidade de equipamento especial para ouvi-lo. Apenas cerca de 3% dos lares dos EUA possuem hoje um player de MP3, segundo a Forrester Research. Além disso, o download demanda um longo tempo: um livro de quatro horas e meia demora mais de uma hora para ser baixado usando-se um modem de 28.8 Kbps. Some-se a isso o fato de que algumas editoras vêem a qualidade do som como outro obstáculo e que pesquisas indicam que os fãs de livros-áudio têm em média 43 anos - que não é a faixa etária mais íntima da Internet.
"Deve levar ainda de oito a dez anos antes que mais de 50% das vendas desse segmento sejam realizadas via Internet", afirma Craig Black, editor da Blackstone Audio Books. O mercado norte-americano, no entanto, aposta na novidade para tentar colher os frutos mais adiante.
volta
para cima
Cultura ou Lixo?
uma visão provocativa da arte contemporânea
Cultura ou Lixo? é o primeiro livro inteiramente voltado ao estudo
do negócio multibilionário que se auto-intitula Arte Contemporânea.
Analisando o pós-modernismo, Cultura ou Lixo? transporta o leitor para as
loucuras do Soho, de Los Angeles e Colônia, provendo uma irreverente
descrição da Arte do Grafiti, típica do cenário do East Village de
Nova York, do frio mortuário do Neo-Geo e do caos barulhendo da Arte do
Corpo. Discute, igualmente, como Chris Burden se tornou um artista
admirado e procurado por ter-se exposto a tiros e a ser eletrocutado em
dois espetáculos distintos. Descreve, ainda, o fascinante novo mercado
para a “Arte Alternativa”, onde os trabalhos de assassinos e doentes
mentais custam mais caro que os dos velhos mestres.
Cultura ou Lixo? explica como o mercado de arte funciona, quais as
doutrinas críticas reinantes no momento e como a arte contemporânea
difere de toda a prática artística do passado.
Cultura ou Lixo? reconhece e louva o bom trabalho que está sendo
executado. Ao mesmo tempo, deixa claro que, com freqüência, as pessoas
escrevem sobre arte contemporânea têm interesse comercial no
assunto.
A crítica foi reduzida a peças publicitárias para as galerias. De fato,
em nenhum outro campo pode-se encontrar uma unanimidade de aplauso tão
convicta - até o momento.
James Gardner é crítico de arte para o National Review. Escreve sobre
literatura, cinema, e arte para Connoisseur, Commentari, The New Criterion,
Artnews, Art & Auction e Seven Days.
volta para cima
|