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30/03/03
Juro que foi por acaso, mas quando acabei de fazer a
seleção de fotos para esta edição do sinTOMnizado vi que tinha
escolhido quatro mulheres fantásticas, quatro personagens e
personalidades que nos acompanham e acompanharam vida a fora. As Horas e
Chicago devem ter uma certa parcela de culpa nisto, mas a verdade é que
sempre achei atrizes e cantoras mais interessantes que atores e
cantores.
Madonna meio que "tomou conta" desta edição e sua
participação ia ser ainda maior se não tivesse cortado a notícia que
ela está escrevendo um livro infantil. Coisas de estrela pós-moderna,
multimídia e perfeita em marketing pessoal...
Este ano o Festival de Teatro de Curitiba foi ótimo (ou soube escolher
muito bem). Enfrentei as 5 horas de duração de Os Sete Afluentes do Rio
Ota sem esforço e saí de lá com a certeza de ter visto, talvez, a peça
que mais gostei até hoje. Foi rebaixada para segundo lugar A Rua da
Amargura (saudade do tempo que Gabriel Vilella fazia bons espetáculos...)
Aliás, há algum tempo tempo atrás, neste mesmo blog, eu selecionei meus
dez filmes preferidos. Vou tentar fazer o mesmo para as peças, mas por
enquanto vou deixá-las fora de ordem:
Os sete afluentes... (Le Page), A Rua da Amargura (Gabriel Vilella), Por
um novo incêndio romântico(Sutil Companhia), Memória da água(Sutil
Companhia), Needles and Opium (LePage), New York por Will Eisner (Teatro
de Comédia do Paraná), Um Fax para Cristóvão Colombo (Denise Stoklos),
O Mistério de Irma Vap (Marília Pera), Pérola (Mauro Rasi), Um beijo,
um abraço, um aperto de mão (Naum Alves de Souza).
Tem uma peça importante também, que não foi a melhor, mas que foi a
partir dela que comecei a gostar de teatro: O Noviço, de Martins
Pena, com o Grupo Tapa. Foi lá no Teatro Ipanema, ano de 1985, em uma
terça-feira (mas o ingresso não diz o dia... É verdade, ainda
tenho o ingresso desta peça e da maioria dos espetáculos que fui. Não
era para ser uma coleção, mas depois de quase de 20 anos juntando estes
tickets acabou virando...)
24/02/03
Espero conseguir lembrar de tudo que fiquei aculumando em
pensamento para registrar aqui no blog. A intenção era esta pelo menos.
Vou começar pelo Grammy e pelo filme As Horas, que foram dicas legais que
dei por aqui e que se transformaram em grandes sucessos. Em verdade o mérito
não é todo meu pois foi um amigo que me indicou o livro (As Horas) e
o CD dela. Por outro lado, eu poderia não ter gostado deles... De
qualquer forma, quem acompanhou o sinTOMnizado ouviu falar bastante dos
dois.
É só checar as notícias passadas de cinema e música e voltar um pouco
no tempo no meu blog.
Outra coisa que ninguém fala (até
agora só um jornalista acho que teve coragem) é sobre como Gangs de Nova
York é RUIM!!!! Na minha opinião a única qualidade que ele poderia ter
que é ser breve também não aconteceu. O que achei interessante é que
eu estava lendo Vida, o filme – como o entretenimento conquistou a
realidade, de Neal Gabler, e tinha acabado de conferir uma passagem
sobre como os americanos se comportavam no teatro no fim do século XIX.
Foi interessante ainda pela oportunidade de vermos o povo americano sem
aquela “maquiagem” que lhe foi concedida quando ele chegou às telas
do cinema no começo do século XX. Aliás foi uma sensação bizarra: ver
a “verdadeira origem do povo americano” enquadrado em uma narrativa
holywoodiana. O passado imoral (e camuflado) inserido naquele formato
moralista e calcado na figura do herói que dominou a indústria do cinema
americano a partir da década de 20, aproximadamente. Coisas para refletir
com mais calma depois.
Continuo ansioso para assistir As
Horas e Chicago. E Adaptação também. Apesar de Gangs, acho que o Oscar
tem muitos motivos para comemorar este ano. Faz tempo que a seleção não
era tão boa.
A dissertação vai bem, obrigado, já
entreguei o
texto para qualificação e retomei a leitura e transcrição das
anotações. Estou preparando também a palestra que vou dar dia 14/03
sobre os 75 anos do Oscar (tem um link explicando melhor na sessão de
cinema). Vou procurar mesclar bem o conteúdo
informativo com o reflexivo para não causar acessos de sono como a
cerimônia de entrega do Oscar causa em algumas pessoas... Por falar
nisto, é engraçado ver como a própria
Academia tira sarro deste "defeito". Não sei o ano ao certo,
mas o apresentador era Johnny Carson com certeza. Em uma parte do show ele
"seriamente" anuncia: "A Academia adverte: o conteúdo
deste programa pode causar sonolência, não opere máquinas
perigosas." E em outro ano, ele diz algo assim: "O Oscar, 30
minutos de excitação perdidos em quatro horas de
espetáculo".
Queria ainda fazer uma reclamação do
Brasil citando um exemplo americano, coisa que odeio fazer, mas nesses
casos, a gente tem que enfiar a viola no saco e tentar copiar, ou melhor,
no mínimo copiar. Dia desses encomendei um livro à Barnes&Noble.
Como o pedido demorou quinze dias além do prazo previsto para chegar,
mandei um email para a livraria americana comentando a situação. Em duas
horas obtive a resposta, dizendo que esta situação era inadmissível e que
eles estariam fazendo um depósito do valor no meu cartão de crédito.
Depois das desculpas ainda recebi um obrigado por entrar em contato e
continue comprando na Barnes&Noble. Agora a vez do Brasil. Dei uma
assinatura de presente da Marie Claire (leia-se Editora Globo) e por
causa de uma falha no site desta revista, acabei fazendo dois pedidos do
mesmo produto. Infelizmente só fui notar a fatura duplicada no cartão
dois meses depois (comprei parcelado em 5 vezes). Mas tudo bem, pensei eu
com meus botões, vou ligar e cancelar. Em primeiro lugar, descobri que
eles NÃO TEM 0800. A gente tem que pagar interurbano ou 0300 para
cancelar. Em segundo lugar, o cancelamento NÃO PODE ser feito por
telefone (gasta-se impulso à toa). E em terceiro, a gente tem que mandar
um fax com o número da assinatura, um protocolo, dizer o motivo de
cancelamento, etc. Ressarcir o dinheiro pago por falha deles nem foi
cogitado. Ia sair mais caro...
Só para terminar. Pela primeira vez
vi na TV a entrega do Cézar, o Oscar Francês. Não é porque estou de
Oscar até o pescoço que vou puxar brasa para minha sardinha, mas se
alguém acha as três horas e meia dele longas, a versão francesa, que
pelo tempo do relógio tem uma hora a menos, parece durar uma eternidade.
13/01/03
Para quem ainda não leu Quincas Borba, segue abaixo dois
de meus trechos preferidos do livro
(e olha que foi muito difícil a escolha):
"... uma casa velha, que encarquilhava os olhos sob a forma de cinco
janelas de peitoril, cansadas
de perder moradores..." ..."Nunca viste
ferver a água? Hás de lembrar-te que as bolhas fazem-se e desfazem-se de
contínuo,
e tudo fica na mesma água. Os indivíduos são essas bolhas
transitórias"... "A higiene é filha de
podridões seculares; devemo-la a milhões de corrompidos e infectos. Nada
se perde, tudo é ganho.
Repito, as bolhas ficam na água"...
Ok, mais
uma:
"Quincas Borba chorava pelo outro Quincas Borba. Não quis vê-lo à
saída. Chorava deveras; lágrimas
de loucura ou afeição, quaisquer que fossem, ele as ia deixando pela boa
terra mineira, como derradeiro
suor de uma alma obscura, prestes a cair no abismo"...
AO VENCEDOR, AS BATATAS!!!

12/01/03
Oi... Mas um oi meio acabado e cansado de quem está
escrevendo a dissertação de mestrado...
O consolo é estar estudando algo que gosto muito. Entre esgotado e
satisfeito, um compensa o outro e vai-se levando.
Acho que comentei aqui no blog (estou com preguiça de procurar) sobre o
filme As Horas. Pelo
menos tenho certeza que indiquei o livro de mesmo nome. Para quem tem
acompanhado as notícias de cinema do sinTOMnizado já deve ter visto que ele foi
indicado para 7 Globos de Ouro,
recebeu alguns prêmios e agora foi selecionado para Berlim também. Estou
muito curioso para conferir o resultado. O livro é fantástico. Podem
ir registrando a dica.

13/12/02
Já teve gente que ano passado (quase) me convenceu de
achar graça em Ano Novo. Foi inclusive
através deste blog que eu recebi a mensagem. Foi muito legal. Estou
buscando inspiração para ver
se este ano consigo comemorar pra valer.
Aproveitando o ensejo.... Alguém se previne em sexta-feira 13? Também
sou meio cético a respeito,
mas assim como não consigo entender mal-olhado e outras coisas mais não
deixo de acender um
incenso de vez em quando aqui em casa. Afinal de contas custa muito
pouco...
Estou com a escrivaninha atolada de livros por causa da dissertação de
mestrado. Sim, estou escrevendo MESMO. Não posso perder mais tempo. Na verdade não foi tempo
perdido. 2002 foi o
ano em que mais participei de Salões de Arte (inclusive um em SP e um de
Design), publiquei mais
um trabalho sobre cinema (Vestida para mostrar: articulações entre o
verbal proibido e o visual insinuante
da moda) e li muito sobre assuntos relacionados à dissertação. Por
enquanto está tudo tranquilo,
estruturado e os títulos dos capítulos e subitens estão ótimos. Só
falta dar conta de desenvolver tudo. Hoje vai ser meio rápido. Só para dar um alô mesmo.
Até.
28/11/02
Pois é.. dois meses sem atualizar meu blog. Já foram
muitos filmes, alguns livros e outras coisas mais...
Lendo a última atualização, fica a sensação estranha de ter sido
quase "ontem" e ao mesmo tempo
estar tão desatualizada. Quincas Borba foi para a lista de espera
enquanto eu terminava o Nabokov e
começava outro chamado O Gênio do Sistema (sobre o sistema de estúdio
de Hollywood - ótimo).
Não fui selecionado para o Salão Paranaense, mas passei no Curitiba Arte
Design e no Salão de São José dos Campos (meu primeiro fora do Paraná). Aliás falando em
arte contemporânea, alguém andou
colocando umas faixas na frente do Museu de Arte Contemporânea que diziam
algo assim: "nós, artistas do Paraná não sabemos o que é arte contemporânea". E
olha que ficou lá quase um mês. Hoje descobri uma "continuação" do manifesto, só que agora em
parceria com uma livraria. Na vitrine da loja existe um cartaz que diz:"Entre gritando eu sei o que
é Arte Contemporânea e ganhe
R$ 2,00 de desconto". Como não existe necessidade de dizer o que a
gente sabe o desconto fica
fácil para quem é um pouco cara de pau.
Revi neste meio tempo também A Noite Americana. Anos atrás (não vou
dizer quantos) eu tinha
achado legal. Agora acho magnífico. Foi catapultado para os meus 10
filmes preferidos. Aliás, foi este filme que me levou a organizar minha lista dos 10 melhores. Veja bem,
se eu quisesse impressionar
ou ser bem pouco original diria que são Cidadão Kane, Encouraçado
Potenkim, Roma Cidade Aberta,
Ladrões de Bicicleta, e muitos outros que têm importância reconhecida
historicamente. Só que pessoalmente alguns não me são tão importantes. Cada um vê o mundo de
uma forma justamente porque seleciona subjetivamente aquilo que lhe é mais próximo. Em outras
palavras: gosto não se
discute. Vamos à lista: 1) Quanto Mais Quente Melhor 2) Crepúsculo dos
Deuses 3) Cantando na
Chuva 4) O Oitavo Dia 5) Tudo Sobre Minha Mãe 6) A Rosa Púrpura do Cairo
7) A Noite Americana
8) Psicose 9) O Baile 10) Amarcord e A Marca da Maldade (não consegui
cortar um da lista, então
ficam 2 empatados em décimo). Então é isso. Quem quiser mandar sua
lista pra trocamos uma idéia
será bem-vinda. Abraços.
29/09/02
Como deve ter dado pra notar nesta edição do sinTOMnizado,
eu adorei Cidade de Deus. Só não coloquei mais matérias para não parecer protecionismo... Outra
homenagem também
é ao Machado de Assis, que dia 28 de setembro fez aniversário de morte.
Já são 94 anos. Por isso achei um biografia dele e no mesmo site vários livros para
download gratuito.
Continuei dando uma melhorada no site e incluí uma seção nova nos
Portfolios Virtuais chamada
Entrevistas. Sei que não é exatamente um Portfolio, mas eu estava
acumulando tantas entrevistas
legais que resolvi arranjar um local especial para elas. Na falta de lugar
melhor, que "lá teje".
Entre a última atualização deste blog e hoje bastante coisa aconteceu.
Inclusive uma exposição
individual de 26 fotos de O Grande Circo Místico que precisou ser
confeccionada em 6 dias
(incluindo sábado e domingo...). A dimensão 50x75cm não ajudou muito e
fazer todas as molduras
também não foi muito prático, mas era uma oportunidade imperdível de
mostrar este material que
venho acumulando há quase seis meses. Para quem ainda não viu, na
minha página pessoal
um link para elas.
Terminei de ler um livro do Machado intitulado "Histórias
Românticas", que é uma coletânea
de contos que ele publicava em jornal na época. Agora vou começar
Quincas Borba. É verdade...
Eu gazeteei este livro quando estava no colégio. Estou me redimindo agora
e assumindo mea
culpa. Acabei de pedir pela internet também o livro Detalhes de um
Pôr-do-Sol, de Nabokov. Vou dar uma revezada nos dois...
Semana que vem vou saber se fui selecionado para o Salão Paranaense e
para o de Design.
Espero ter boas notícias.
13/09/02
Oi, gente. Estou cheio de novidades, ou melhor, nem tantas,
mas andei melhorando o site nestes
último dias e pondo algumas pendências finalmente em prática. Antes
porém, vocês devem ter notado
que até ontem eu estava divulgando o Festival Jerry Lewis. Tudo fazia
parte de uma promoção do
Telecine (que eu achei que era séria, com um júri de alta qualidade) que
queria premiar as melhores páginas pessoais. Não que eu achasse que o
resultado só seria bom se eu ganhasse, mas ao ver para quem eu perdi... Se quiserem checar, os endereços são estes http://www.2gordinhos.kit.net
e http://planeta.terra.com.br/arte/blackandblue/. Sinceramente, acho que o sinTOMnizado tem muito mais
a
oferecer como site do que a página pessoal dos Gordinhos vencedores... Se
eu estiver errado, favor me mandar uma mensagem para eu conseguir enxergar melhor esta situação.
Mas deixando isto de lado, estou curtindo muito esta edição quase
erótica. Juro que foi coincidência.
Primeiro veio a exposição erótica de quadrinhos, depois a animação do
Kama Sutra, o eterno retorno
de Nelson Rodrigues, a programação de TV que explora o sexo no final de
semana e finalmente o grande símbolo sexual Marilyn Monroe. Esta animação do Kama Sutra eu assisti
na versão integral quando fui
jurado de pré-seleção do Festival de Vídeo de Curitiba. Muito legal
mesmo. O pessoal da Trattoria di
Frame arrasa!!! Incluí também nesta nova atualização a seção de Artes Plásticas nos
moldes das já existentes de Cinema,
Teatro, etc. Isto significa que as notícias serão acumuladas e ficarão
sempre disponíveis para consulta.
Os Portfolios Virtuais também receberam links muito legais e as cidades
de Florianópolis, Brasília,
Recife e Salvador já tem sua programação cultural disponíveis na home
page. Divirtam-se.

08/08/02
Antes fazer a crítica de um filme, vou indicar outros que
achei muito interessantes: Casamento à Indiana, Abismo de um Sonho (passou aqui na Cinemateca em uma
retrospectiva do Felini) e curti também O Invasor e O Closet (filme
francês simpático, divertido e com um ator que eu acho extraordinário, o Daniel Auteuil). Agora vamos detonar Minority Report. Na
verdade não vou fazer crítica
ou detonar o filme. Cada vez mais acho que Spielberg existiu apenas para
fazer ET e ponto final. Estes últimos filmes desta sua fase "séria" e que foram
premiados com o Oscar, parecem ter contaminado sua produção ligada mais ao entretenimento (que era seu
ponto forte). Quem não teve
pesadelos com Tubarão e Poltergeist, se emocionou em ET ou ainda vibrou
com Indiana Jones?
Minority pretende ser sério, tem todo um discurso contemporêneo mas o
diretor não abre mão
dos finais tradicionais, explicativos e repetitivos do cinema americano.
Os últimos dois minutos do
filme são de jogar o que sobrou de pipoca e coca-cola na tela (só não
joguei porque não consumo
comida enquanto vejo filme no cinema). Saudades do Spielberg que me levava
de bom grado ao
cinema até 1984...
12/07/02
Ultimamente, ou melhor, já faz bastante tempo que estou
com saudades da palavra NOVO sem
o DE antes. Estou curioso para saber onde vai dar esta mania seqüências
de filmes, remontagens
de peças, relançamentos de Beatles e Elvis, refilmagens de clássicos do
cinema, novelas
que lembram outras, tudo formatado, testado e pronto. O "de
novo" tem sido par constante do
nosso dia a dia e tem deixado o "novo" relegado à categoria de
algo enfadonho, cansativo.
Ontem fui assistir Pacto dos Lobos e pude presenciar a nítida
vontade do cinema europeu virar Hollywood. O que não é algo recente, bastando ver filmes como
Amelie ou Asterix.
Engraçado que esta sobrevivência de público do cinema europeu tenha que
ser feita em cima
de padrões já consagrados por Hollywood. "De novo" o padrão
dominante se impõe, deixando
a criatividade e a originalidade de lado. A culpa não é também de quem
faz, mas de quem assiste.
Prestigiar este tipo de evento é dar crédito para que mais e mais
produções do tipo sejam
feitas e, o pior, Refeitas.
Agora que desabafei vou ter que encerrar estas notas. Estou reformando o
apartamento e
está tudo de pernas pro ar. Isto sem contar a correria do dia a dia e
semana que vem estou indo
para Salvador passar 5 dias. Caso demore a dar notícias, fica aqui a
justificativa. Ah! E não
esqueçam de olhar o perfil de Denise Stoklos e visitar sua página
pessoal. É um sopro de vitalidade e poesia.
26/06/02
Agora, já quase no fim, estou entrando em clima de Copa.
Consegui assistir ao primeiro jogo
inteiro hoje pela manhã. Antes era um acorda-dorme-acorda ou simplesmente
dormir de vez.
Não imaginei que iríamos tão longe... Sem querer ser pessimista, até
porque não entendo nada
de futebol. Agora vou ter que revirar as gavetas para achar meu uniforme
verde-amarelo para
torcer no domingo.
Minha última quinzena cinematográfica só teve final feliz. Comecei com
Latitude Zero (gostei muito
mas gostaria que o diretor não tivesse mudado o desfecho da peça em prol
de uma solução mais
digerível), depois veio Cidade dos Sonhos (fantástico, incrível, etc.
quem quiser trocar idéias,
tenho uma boa versão para o filme) e ontem terminei com O Homem Que Não
Estava Lá (cada vez
fico mais fã dos irmãos Coen. A fotografia é magnífica, mas o filme
também).
No mais, tudo bem tranquilo, ou tentando deixar tudo em ordem. As fotos do
espetáculo do Circo
Místico ficaram muito boas e em breve vou colocá-las no site.
15/06/02
Está sendo um privilégio fotografar a nova montagem de O
Grande Circo Místico. Um espetáculo
com visual belíssimo e por resgatar a própria história do Balé Teatro
Guaíra e deste musical inesquecível
de Edu Lobo e Chico Buarque. Em breve vou adicionar mais fotos às
páginas que já fiz sobre O Grande Circo Místico no endereço www.sintomnizado.com.br/ograndecircomistico
. Quem mora
em São Paulo, Rio, Recife, Salvador, Brasília e Belo Horizonte vai ter a
oportunidade de conferir
de perto a montagem até o começo de agosto. Vale MUITO MUITO a pena.
Para terminar, vou registrar uma história que aconteceu tempos atrás e
não queria que fosse esquecida.
É quase uma bobagem , mas achei um momento interessante do descobrimento
do Eu. Não é
novidade para ninguém que as crianças de quase dois anos se referem a
elas mesmas pelo nome.
O diálogo "Quem é o nenê aqui na foto?" sempre vem seguido de
uma resposta meio enrolada e num
dialeto que somente os pais entendem, do tipo "É o nome-do-bebê".
Pois bem, certa tarde, estava
minha sobrinha mostrando para meu sobrinho de um ano e meio um vídeo em
que ele aparecia e
perguntou: - Quem é este aqui? Na hora ele disse: - É o Vinícius... Aí
ele parou um segundo, pensou
e acrescentou: - Eu!!! Pena que meus conhecimentos infantis impeçam de
fazer comentários inteligentes
a respeito desta passagem. Quem quiser enviar explicações elaboradas,
elas serão enviadas aos pais
e avós corujas desta família Lisboa.
06/06/02
Já que diário é local de confissões, vamos lá.
Ninguém é perfeito mesmo. Na verdade, não curto
muito este formato reality show em que os participantes ficam trancados
dentro de uma casa
sem fazer nada. Esses conflitos que surgem simplesmente por causa de um
ócio pouco criativo,
são entediantes (quem sabe se alguém quiser me explicar a graça eu
entenda...).
Neste sentido, achei Fama bem interessante. E esta era a confissão: eu
assisto Fama. Na verdade,
minha atenção se prende a uma participante específica chamada Andrea
Marquee. Eu já havia
comprado um cd dela há mais de um ano por causa de um videoclip (ótimo!)
que eu vi na MTV (da música
O Que Aconteceu Com Nosso Amor. Inclusive ela foi premiada pela
própria MTV por este
trabalho). Fiquei até espantado por ela estar neste grupo de
artistas e mais surpreso ainda por
ela estar perto de ser eliminada. Como não sei o que vai acontecer neste
sábado, aconselho
às pessoas que ainda não a assistiram sintonizarem na Globo, a partir
das 16:30. Mesmo que por
curiosidade. Só não se esqueçam que foi assim que eu comecei a ficar
viciado...
Ah! Eu ia esquecendo. Quem quiser conferir o trabalho dela, o nome do cd
que eu tenho é Zumbi.
Não se assuste com o título. Ele é bem mais eletrônico e sofisticado
que este antigo escravo brasileiro.
03/06/02
Muito legal. Acordei até mais cedo para registrar esta
notícia no site. Fui premiado no Salão Graciosa de Artes na categoria melhor fotografia. Quem estiver em
Curitiba, pode dar uma passada
no Country Clube, Av Munhoz da Rocha, 1146, das 14h as 22h. O Salão
permanece montado até dia 07/06. O trabalho premiado é aquele em que eu utilizo jornal
amassado. Para quem não conhece,
visite minha página pessoal www.sintomnizado.com.br/tomlisboa
que lá existem algumas amostras.
28/05/02
Para começar bem esta atualização, queria indicar dois
espetáculos de dança que vi nos dois
últimos finais de semana. O primeiro é do companhia de dança Quasar, de
Goiás (para quem não
sabe eu sou um goiano criado no Rio e que, hoje, atende por curitibano),
com a sua Coreografia
para Ouvir e o outro é o de Deborah Colker, Quatro por Quatro. Ambos
magníficos, ótimos,
excelentes. Se disser que gostei um pouco mais do Quasar pode parecer
protecionismo, mas não é.
Por falar em dança, neste tempo em que fiquei sem atualizar as Notas de
Tom, pude fotografar
o espetáculo O Grande Circo Místico, que tem estréia nacional dia
13/07, aqui em Curitiba.
Como registrei apenas o ensaio, muita coisa ainda está por vir, mas as
imagens que disponibilizei
no site servem para aguçar a curiosidade das pessoas (www.sintomnizado.com.br/ograndecircomistico).
É esperar pra ver.
Ontem fui assistir Abril Despedaçado (foi a estréia do filme na cidade).
Não vou levar em conta se foi injusto não ser indicado ao Oscar e vou procurar esquecer
críticas positivas e negativas
que foram feitas a respeito. Muitas vezes a expectativa transforma nossa
forma de ver um filme e o transforma em uma experiência frustrante. A sensação que saí do
cinema foi de ter assistido a um filme pleno, profundo, delicado (no tema e nas imagens) e que dá
continuidade ao trabalho que
Walter Salles vem desenvolvendo nos últimos anos: a busca da identidade.
Enfim, um filme coerente,
atual e que merece ser visto.
29/04/02
Só para não perder o hábito (é só checar a última
inserção do Notas de Tom), atrasei de novo a atualização do sinTOMnizado. E novamente a
desculpa é boa: fui à Bienal e coincidiu com a
época de troca de dados. Tudo pela arte. Antes de mais nada, queria fazer
duas retificações
às notícias veiculadas nesta edição. A primeira é sobre a
instalação da Bienal que permite acesso
gratuito ao interior da mostra. Estive lá e verifiquei que realmente ela
existe, está localizada na
parte de trás do prédio, fica fechada até as 13h e a cada hora permite
apenas que 5 pessoas entrem. A discussão sobre o acesso à arte proposto pelo artista nunca
esteve tão na moda.
Mas é muito pano pra manga para este modesto blog. A segunda é sobre a
sala de cinema digital que inaugurou em SP. Assistir a um filme nela estava no meu roteiro de
viagem, mas ela não estava
funcionando até o dia 27/04. Felizmente liguei antes para confirmar e
não gastei dinheiro em taxi.
Sou completamente perdido em SP, mas me disseram que dos Jardins (onde
fiquei) até o Morumbi
dá uma graninha... Sobre a Bienal, embora tenha ouvido muitas críticas, cada um faz seu
percurso e direciona o olhar
para o que acha mais interessante. Como meu trabalho vem abordando a
urbanidade, a visita só
teve a contribuir para a ampliar e rever conceitos. Valeu a pena a
maratona.
Não queria deixar de indicar também a exposição da Fiesp chamada
Estratégias para Deslumbrar.
Imperdível em todos os sentidos. Eu que não tenho muita paciência com
vídeo-instalações (e divido esta parcela de culpa com falta de produção de vídeos realmente
interessantes) fiquei completamente hipnotizado com as duas que estão lá. Visitem mesmo. E
não são só estes trabalhos que são ótimos.
No mais, tudo tranquilo, tudo corrido e (quase) na paz.
12/04/02
Atrasei um pouco esta última atualização, mas a desculpa
é boa: tive um estiramento muscular
nas costas e coisas simples como andar e sentar deixaram de ser ações
inconscientes. No entanto,
muita coisa legal aconteceu. Entre elas, fui jurado de pré-seleção do
6º Festival de Cinema, Vídeo
e DCine de Curitiba. Assisti aproximadamente 300 curtas de todo o Brasil
de 8 a 11 deste mês.
Foi uma experiência gratificante e difícil de realizar, assim como
qualquer processo em que se
tem de julgar o trabalho de outra pessoa. Felizmente não estava sozinho
nesta tarefa e dividi esta
responsabilidade com outras três pessoas. Entre elas gostaria de destacar
Gisele Hiltl, com quem
aprendi muito sobre o mercado de cinema e vídeo nacional além de ter
adquirido consciência sobre questões técnicas importantes que estes meios possuem. Esta edição do sinTOMnizado traz também o perfil de meu cineasta
preferido: Billy Wilder.
Seu filme Quanto Mais Quente Melhor já passou mais de 20 vezes em meu
vídeo e em todas
elas pude observar o frescor, a sutileza, o humor e a ironia que este
clássico preserva até
hoje. Coisa de mestre. Com ele aprendi que nobody is perfect,
uma afirmação que redime, iguala
e liberta qualquer manifestação do comportamento humano.
O selo Poptones (também nesta edição) é quem agencia aquele conjunto que indiquei tempos
atrás, o January. Descobri ambos por acaso e garanto que vale conferir o resultado dos dois.
Aproveite enquanto não vira moda e mostre "todo" seu conhecimento de música pop
alternativa
para seus amigos.
29/03/02
Só para concluir o pensamento que iniciei na última
atualização sobre o racismo na indústria
cinematográfica americana:
Antes de mais nada, queria deixar claro que competência e talento existem
independente de raça
ou religião. Isto posto, acho que esta publicidade de fazer justiça ou
reconhecer o trabalho negro uma grande bobagem. Rejeito esta idéia de gueto. Isto acaba por
segregar e, ainda por
cima, diminuir a importância do prêmio recebido. Em uma noite em que
Whoopi Goldberg apresentou
a cerimônia e Sidney Poitier foi homenageado, ficou na minha mente aquela
idéia sentimentalóide
e manipuladora que volta e meia circunda os membros da Academia. Outro
fato que notei, para
grande espanto, é o que o vídeo homenageando Poitier continha apenas
atores e diretores
negros. Nele, cada um apontava qualidades e exaltavam a importância do
primeiro homem negro
a receber o Oscar de melhor ator. Agora vem a pergunta: será que ele só
inspirou negros? Em seu discurso de agradecimento, Poitier agradeceu, além da comunidade
negra, todos seus diretores
"brancos" que lhe deram oportunidade de ocupar um papel
principal (antigamente, pessoas de cor
participavam apenas como coadjuvantes). Se isto aconteceu é porque eles
haviam visto algo mais
nele, um talento único que não podia ser mal aproveitado em papéis
secundários. O motivo pelo qual não foram feitos depoimentos de "pessoas sem cor" (vou
usar este termo para ser mais democrático) não aponta na direção de uma mudança de mentalidade da
Academia de Artes e Ciências
cinematográficas, mas apenas um analgésico para aplacar a vaidade de
umas pessoas e a consciência
pesada de outras.
25/03/02
Não posso negar. Gosto de assistir ao Oscar. Faço parte
do 1bilhão de pessoas que ficam três horas na frente da TV para ver quem ganha e principalmente as
fisionomias de quem
perde. Este ano tive duas agradáveis surpresas. A primeira foi a
aparição de Woody Allen.
Ele estava super à vontade, divertido e parecendo até honrado com o
convite. Não estava
esperando mesmo. Isto porque eu me cadastrei no site do Oscar para receber
todos os
releases do evento. Desta forma, já sabia de antemão quem ia apresentar
o quê, quem ia ser
homenageado, etc. Até fui verificar de novo se deixei de ler algo, mas
este foi um segredo que
a Academia guardou a sete chaves. Muito legal mesmo. A segunda surpresa
foi o Oscar para
Randy Newman. Sou fã de suas composição há alguns anos e acompanhei
pelo menos umas
8 ou 10 derrotas das 16 que ele teve na cerimônia. Ontem, finalmente se
fez justiça e ele pôde enfim fazer seu discurso de agradecimento. Foi aplaudido de pé
merecidamente. É difícil ficar indiferente ao
Oscar. Mesmo quem não pergunta vai escutar alguém comentando. Hoje todos os jornais impressos e televisionados devem divulgar o
acontecido. As revistas de moda e de colunas sociais vão estar nos mostrando como se pode
vestir mal (ou bem) mesmo quando se tem dinheiro no bolso. Para quem gosta de assunto polêmico,
este ano tivemos
uma ampla discussão sobre o racismo na indústria cinematográfica
americana. Este é um assunto
que gostaria de estender um pouco mais, mas vou fazer outro dia. Tenho uma
idéia que gostaria
de trocar com que quiser se corresponder.
Só mais uma novidade. Meu aniversário foi dia 22/03. Quem quiser mandar
parabéns ou algum presente atrasado, ainda é tempo.
14/03/02
Mais um pouco e ia fazer um mês que não atualizava meu
blog. Faz alguns dias que fico
pensando: não posso esquecer de dizer isto, falar aquilo, etc. Espero que
pelo menos metade
eu me lembre.
Vamos começar por viagens. Fui a SP dia 07/03 para a estréia da peça de
um amigo meu chamada Os Solitários. Além dele, Guilherme Weber, o elenco traz também
Marco Nanini e Marieta Severo, entre outros. Muito legal. Recomendo para aqueles que tem
um tipo de
humor mais sofisticado e ácido. Comentários adicionais você pode
encontrar nas notícias
de teatro do sinTOMnizado.
Aproveitei também para visitar o MASP, já que o hotel era bem próximo.
Quando avistei o
que estava em cartaz quase dei meia volta, mas resolvi encarar. Tratava-se
da exposição de
Pelé. Nada contra ele, afinal de contas quem sou eu para falar do atleta
do século. Simplesmente
não curto muito futebol. Comprei meu ingresso meio inconformado, peguei o
elavador já
pensando na volta, parei na lojinha de souvenirs para tomar o último
fôlego e passei pela roleta que dá entrada à exposição. Começava aí minha surpresa e, se
alguém que estiver lendo
também sentir a mesma aversão que tenho a futebol, recomendo que
reavalie seus conceitos
e abra uma exceção para esta exposição. A curadoria é minuciosa,
didática e projetou um espaço
interativo, multimidiático e incrivelmente interessante. A luz, as
projeções, a montagem, as fotos,
as citações, até os objetos que causariam bocejos no espectador como as
medalhas que Pelé
ganhou (são 2.200, viu como eu decorei?) são alçados à categoria de
espetáculo.
Assisti também Terra de Ninguém. O filme é todo metafórico, bem feito
e fala da guerra sem
apelar para armas. O grande duelo mesmo são entre os seres humanos e o
que eles acreditam
como verdade...
Antes de ir a SP também tive uma boa notícia. Fui selecionado e premiado
no Salão de Artes
de Castro. Já incluí também esta notícia no site.Terminei de ler Memórias Póstumas e estou começando Cidades
Invisíveis. O próximo deve
ser O Evangelho segundo Jesus Cristo. Vamos ver.... por hoje é só. Vou tentar ser mais assíduo nestas atualizações para
não ficar com a sensação de que esqueci de contar algo.
24/02/02
Programas como Big Brother e Casa dos Artistas têm me
causado um problema que com certeza não estava em seus planejamentos estratégicos: a
dificuldade de arranjar notícias interessantes para o sinTOMnizado. Isso nunca foi uma tarefa
árdua pois tenho dez, quatorze dias para ir juntando o material que acho interessante para
cada edição e
sempre tenho até que deixar coisas de lado no final. No entanto, como faz
parte dos
critérios de seleção só divulgar o que eu gosto, não incentivar a
fofoca e o sensacionalismo,
o funil ficou muito estreito... A atenção dedicada às aventuras sem
rumo dos reality shows
tem superado as expectativas. Pelo amor de Deus, vamos achar coisa mais
interessante
para falar. Tem tanta gente produzindo e querendo um espaço. Nada contra
estes programas,
inclusive tenho duas curiosidades sobre eles no site, mas existe vida real
mais criativa para
ser mostrada.Descobri também por acidente um
conjunto ou artista (ainda não sei ao certo) chamado
January. O som é muito bom e vale conferir. Aliás, o site da Loja Trama
traz todo seu acervo disponível para escutar no computador. Um programaço para
descobrir coisas
novas. Para terminar mais uma dica: leiam
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Vocês merecem
passar por isto.
15/02/02
Nestes meus estudos sobre cinema que envolvem Hollywood e
Sexo descobri, na Saraiva,
um livro fantástico chamado Sin in Soft Focus. Só que o preço era
indecente: R$ 210,00
aproximadamente. Resolvi então fazer uma pesquisa na internet apenas para
ficar com a
consciência tranqüila, e não é que eu achei o mesmo livro por R$127,00
podendo parcelar
em até quatro vezes sem juros! Demorou seis semanas para chegar, mas este
aviso vinha
especificado no ato da compra. Comprar pela net para mim já é um hábito
e há muito deixei
para trás o medo de passar o número do cartão de crédito, etc. Até
para mandar livros e
cds de presente para amigos e parentes de outros estados vale a pena. É
só alterar o
dado de entrega e pronto.
Nesta onda virtual
só ainda não aderi ainda a compras de mercado.
Não sei qual é o problema: não gosto de fila, de empurrar carrinho, de
colocar as compras
no saco e principalmente ter que carregar tudo depois, mas quando
vejo já estou lá dentro
olhando as prateleiras... Dia desses, no meu prédio, chegou uma encomenda
feita através
do Amélia. Estava tudo super bem embalado, inclusive com plástico bolha
e o feliz comprador
estava em casa, descansado esperando seu pedido bater à porta. Como é
bom ser prático.
Vamos e venhamos, o tempo que a gente gasta no mercado poderia ser
utilizado de forma
bem mais interessante, não é mesmo? Se bem que.... agora que estou
escrevendo me veio
em mente uma coisa que eu adoro em supermercado: olhar prateleiras
de biscoito,
chocolate e sabão em pó. Nos dois primeiros casos além de gostar de
conferir as novas
"porcarias" disponíveis, eles se juntam ao terceiro no quesito
estético. Deve ser influência
daquele clip do George Michel (Papa was a Rolling Stone)... Falando
sério: é bonito de ver.
Se não reparou, preste atenção. Fui ver
Uma Mente Brilhante. Mais um filme corretinho, linearzinho, com um
personagem
doentinho e que vence uma dificuldade. Edificantezinho, meio fraquinho e
me supreendeu
muito o Globo de Ouro ter premiado um filme com um perfil tão
descaradamente espelhado
no Oscar. De tanto ser chamado de prévia do Oscar, será que ele pretende
substituir o
segundo? Acho que, ao contrário, deveria adquirir características
próprias e colocar em
evidência filmes de maior qualidade artística. Até porque o Globo de
Ouro é formado por
um grupo seleto de pessoas que contribuem ativamente para a divulgação
da arte
cinematográfica nos Estados Unidos e no mundo. A intenção de adivinhar
quem vai
ganhar o Oscar deveria ficar em segundo, ou melhor, quinto plano. Procurar
ser uma
premiação calcada em critérios artísticos e estéticos deveria
preencher os quatro primeiros
quesitos....
fale
com Tom Lisboa
10/02/02
Carnaval rolando no Brasil inteiro e eu aqui em Curitiba
com a TV desligada e nem parece
que moro neste país. Estou ouvindo o cd da Bebel Gilberto, lendo Machado
(ainda),
trabalhando com uma fotomontagem, diagramando um livro e pensando em
trabalhos
futuros. Não é só no ano novo que sou meio espírito de porco (mas
estou melhorando).
No carnaval sou pior ainda. Na verdade é uma época que aproveito para
colocar algumas
coisas em dia, mas só as agradáveis. Já pintei muito quadro, li muito
livro e vi muitos filmes
nestes quatro dias em que a maioria do povo vai sambar. Ainda bem que todo
mundo é
livre pra fazer o que gosta e esta minha reclusão não é compulsória.
fale
com Tom Lisboa
29/01/02
Foi por pura coincidência. Ontem comecei a reler Memórias
Póstumas de Brás Cubas.
Para quem não leu a anotação do dia 26/01, eu disse que a última
edição do sinTOMnizado
estava meio homenagem póstuma... Nestes últimos
três dias nada de muito novo. Sobre cinema, saíram os indicados ao BAFTA,
o "Oscar" do cinema britânico (Moulin Rouge com 13
indicações) e do SAG (sindicato
dos atores dos EUA deram apenas uma indicação para Moulin Rouge). Como
deve ter
dado pra notar estou torcendo bastante por ele. Vou até deixar registrada
minhas previsões para
o Oscar para este filme: melhor filme, ator, atriz, diretor, fotografia,
figurino, direção de arte,
montagem, trilha sonora e canção. Estou torcendo muito para Jim
Broadbent, que interpreta o
Zidler, ser indicado também, mas acho difícil. Nenhum festival premiou
sua atuação ainda
por este filme ainda. Por outro lado, ganhou o prêmio de ator coadjuvante
no Globo de Ouro por
Iris, e tem indicação dupla no Bafta por Iris e, neste caso, Moulin
Rouge (mais uma chance).
Que futilididade, meu Deus! Mas fazer o que? Adoro uma competição...
Deve ser coisa de
ariano. E uma desculpa mais sofisticada: minha dissertação de mestrado
é sobre o Oscar.
Alguém acha que vou me divertir?
fale
com Tom Lisboa
26/01/02
Esta nova edição do sinTOMnizado está meio assim...
homenagem póstuma. Peggy Lee,
Elis Regina e Drummond, no entanto, não podem ser deixados de lado,
certo? Ontem
coloquei até um cd da Peggy Lee em homenagem e relembrei uma música dela
que fala,
entre outras coisas de morte. Ela se chama Is That All There Is e
é sobre alguém que passa
pela vida, tem alegrias, sofre também e aprendeu a encarar tudo com
tranquilidade,
quase sem emoção, mas é justamente neste afastamento que a morte nunca
a vai pegar de
surpresa. Quando chegar o fim, ela vai poder dizer também Is That All
There Is.
Para não ficar só no mundo americanso, hoje vai ter Elis e Tom 74 no cd
player. Pelo visto
vai ser uma semana de homenagens.
Descobri ontem que um dos meus livros preferidos (As Horas, de
Michael Cunningham.) vai
virar filme. Um pouco sobre esta notícia está na seção de cinema que
traz como título
"Diretor de Billy Elliot trabalha em novo projeto".
Terminei de escrever um artigo sobre cinema chamado "Vestida para
Mostrar - articulações
entre o verbal proibido e o visual insinuante da moda". Um breve
resumo sobre texto seria:
"em uma época (década de 30) em que o
cinema estava impossibilitado de falar abertamente
sobre sexo e principalmente explorar a nudez, coube à moda preencher a
lacuna da malícia,
da insinuação e servir como uma importante forma de articulação com o
texto censurado
na efetiva abordagem de assuntos polêmicos na tela.
"
Os último filmes que vi foram Réquiem para um Sonho que eu
indico, recomendo e afirmo
que foi um dos poucos que conseguiram me abalar. Só para dar um
parâmetro, a última vez
que fiquei assim foi em Dançando no Escuro (também ótimo); Vanilla
Sky eu achei interessante,
mas fiquei mais curioso ainda para ver a versão em espanhol. Esta mania
que americano tem
de explicar tudo é meio irritante. Lembro até de uma crítica que li
(acho que na Veja) sobre a
diferença entre um filme europeu e um dos Estados Unidos: europeu adora
um problema e
americano a solução; e Trapaceiros, de Woody Allen, serviu para
matar as saudades. Já foi o
tempo em que os filmes dele chegavam ao Brasil religiosamente todo ano.
Este é de dois anos
atrás. Eu costumo dizer que um ano não está completo sem um filme do
Woody Allen, uma
coreografia do Corpo e uma peça da Denise Stoklos (também estou sentido
falta...).
Hoje me empolquei nas Notas. Estou lendo mais um volume do A Vida Como Ela
É, do Nelson Rodrigues,
em seguida vou reler Memórias Póstumas, do Machado e estou avaliando há
mais de um
mês se me entrego ou não à jornada de ler O Senhor dos Anéis. O que me
sugerem?
fale
com Tom Lisboa
10/01/02
A passagem de ano não foi dolorosa. Da última anotação
que fiz aqui pedindo explicações
sobre a "graça do ano novo", me mandaram um poema muito legal
do Carlos Drummond
de Andrade. Confesso que estou no caminho do entendimento.... Vamos ver
minha evolução em 2002.
Curti muito esta atualização do sinTOMnizado. Selecionei milhares de
coisas, fiquei com falta de espaço, deixei umas notícias para a próxima
edição, eliminei outras, mas mesmo assim acho que exagerei um pouco. De
qualquer forma, gostei do resultado final. Espero que vocês também.
Uma das resoluções de ano ano novo foi atualizar minha página pessoal.
Separei um dia só para isto. Incluí novas fotos, substituí outras,
organizei matérias que saíram sobre mim em jornal, melhorei a página do
DOC POP, enfim coloquei em dia minha consciência.
Agora estou escrevendo mais um artigo sobre Hollywood, Cinema e Sexo. O
primeiro se chama Você está com uma arma no bolso ou está feliz em
me ver? Sexo e Censura em Hollywood, e o de agora Vestida para
Mostrar: articulações entre o verbal proibido e o visual insinuante da
moda. Infelizmente ainda não posso publicá-los no site, mas quem
quiser informações a respeito é só me perguntar.
fale
com Tom Lisboa
31/12/01
Último dia do ano. Agora são 14:04 e já tem gente
animada soltando fogos.
Talvez seja psicológico, mas existe sempre uma certa urgência de se
fazer as coisas,
terminar tudo antes que seja tarde. Tarde para que? Apesar de não gostar
de
ano novo e tentar ficar indiferente ao que acontece, acabei sendo
contagiado
por esta onda de finalizações de tarefas atrasadas. Por um lado foi até
bem positivo. Atualizei meu portfolio que estava atrasado desde o começo
do ano e finalmente fiz
a página de notícias para o sinTOMnizado que traz as matérias em que
fui citado em jornal e
revista. Contudo, o ano já começa com pendências, propostas de novas
exposições,
estudos, mais um trabalho sobre cinema para desenvolver, contas para
pagar, filmes para
ver, seriados para acompanhar, tudo continua.... Quem sabe alguém, algum
dia, em
algum lugar vá conseguir me explicar qual é a verdadeira graça do ano
novo.
De qualquer forma, um ótimo 2002, 3, 4, 5... para quem estiver lendo. Nos
falamos
em breve.
fale
com Tom Lisboa 27/12/01
Antes de mais nada, Feliz Natal (atrasado) eu um bom (ou
melhor, ótimo) 2002.
Há poucos minutos acabei de rever Amélia, de Ana
Carolina, e foi com grande
prazer que pude apreciar o trabalho destas grandes atrizes que
protagonizam a fita.
A cena em que uma francesa comunica às irmãs o falecimento de Amélia é
digna de
se voltar umas 20 vezes no vídeo cassete. Hilária.
Estou lendo agora A Artista do Corpo, de Dom Delillo. Falta pouco para
terminar.
Depois comento algo a respeito.
Graças a Deus ganhei vales-cds de natal e não tive nenhuma surpresa.
Troquei por
um CD do Morphine (Cure for Pain) e outro do Belle e Sebastian. Como ainda
tive
R$ 5 de troco, "tive" que gastar em mais um presente. Escolhi um
livro do Nelson Rodrigues
da série A Vida Como Ela É. Saí satisfeitíssimo da loja. Ganhei
também um cd da
Cassandra Wilson que é o máximo. Pelo visto, meu cd-player do carro vai
ter muito trabalho
nas próximas semanas.
Espero que todos estejam bem e curtindo estes últimos dias do ano. Por
enquanto
estou em uma busca interminável e cansativa por uma agenda legal, bonita
e moderna como
a que eu tenho: Millenium Art, da Taschen. Até gosto das que trazem
trabalhos do
Hooper, mas queria algo mais contemporâneo.
Espero que toda as minhas preocupações em 2002 sejam assim...
fale
com Tom Lisboa
15/12/01
Vai ficar parecendo que só escrevo mesmo em dia de
feriado. Vide últimas
atualizações que fiz aqui.
Achei umas coisas muito legais para esta atualização do sinTOMnizado.
Uma
delas é o link para escutar a nova coletânea da Madonna. O disco
inteiro está disponível. Espero que deixem funcionando um bom tempo
ainda.
Eu ia colocar também o link para a nova música da Marisa Monte (A Sua),
mas
como o conteúdo é exclusivo para assinantes do UOL, preferi não colocar
o
o doce na boca e depois tirar (eu sou assinante, ouvi e achei bem legal).
A foto do Hitchcock foi uma dureza pra achar, mas achei perfeita para o
Perfil.
Todas as fotos que estão no Perfil são garimpadas por mim na internet. A
que
me deu mais trabalho até hoje foi a da Marilyn. Achei um site que tinha
mais de
seiscentas fotos dela. Felizmente achei a que eu queria lá pelo número
400....
Fui a Porto Alegre apresentar o trabalho na Socine, gostei muito, conheci
melhor
a cidade, fui à Bienal do Mercosul, enfim valeu a pena os quatro dias que
passei
em Porto Alegre.
fale
com Tom Lisboa
04/11/01
Faz quase um mês que não escrevo! Parece que foi ontem. A
última vez foi na véspera
de um feriado prolongado. Por coincidência, hoje é o último dia de
outro feriado
prolongado, que (coincidência de novo) fiquei na cidade. Pelo menos
coloquei tudo
em dia, ou pelo menos o que era mais importante.
Fui assistir Os Outros e achei legal, divertido e tem grandes
méritos por saber usar a
sugestão e a mente do espectador e não a violência e um punhado de
efeitos visuais.
Elenco bom, história idem. Se todo filme comercial fosse assim, Hollywood
seria menos
criticada.
Sobre o Salão Paranaense, eu fui selecionado. Na última anotação que
fiz eu havia
sido pré-selecionado por foto. Neste meio tempo tive que entregar a obra
original e
ser avaliado novamente. Deu tudo certo. Pretendo fazer uma página com as
pessoas
selecionadas para o evento que deve ocorrer dia 19/12/01.
O trabalho que fiz para o congresso de cinema também ficou pronto e
espero poder
divulga-lo em breve.
No mais, tudo tranquilo. Viajo semana que vem para o congresso de cinema
(dia 06/11 e
volto dia 10/11). Caso eu atrase um pouco para atualizar o site, a
desculpa já está dada.
fale
com Tom Lisboa 11/10/01
Véspera de feriado e com certeza vou ficar em Curitiba e
curtir um pouco a cidade
vazia e sem trânsito. Estou ansioso para ver se tem algo novo nos
cinemas,
teatro, ou coisa parecida. De qualquer forma, tenho bastante coisa para
ler, pois
ainda não terminei o trabalho sobre cinema que falei dia 02/10/01. De lá
pra cá
o material bibliográfico que eu comecei a pesquisar (com a ajuda da
internet)
tomou dimensão tal que prometi a mim mesmo parar com isto e colocar mãos
à
obra. Faz uns dois dias eu comprei uma coisa bem
interessante que apenas tinha
lido a respeito. O negócio chama-se Freshious. É um tipo de bala de
menta que não
é bala, mas uma folha de gelatina (acho que é gelatina) super fina com
gosto de
menta e que derrete na boca em segundos. O divertido mesmo é você
oferecer
a seus amigos esta folhinha de gelatina assim: "Abre a boca". A
cara de nojo
dele ao colocar na boca algo tão pouco apetitoso como aquele já vale a
pena.
Melhor ainda é a cara de "não sei o que está acontecendo mas estou
sentindo
gosto de menta". Vantagem sobre a bala Tic Tac que tem menos de duas
calorias:
é sem açúcar e não engorda. Outra novidade
legal é que fui pré-selecionado para o Salão Paranaense com meu
trabalho fotográfico. Ele ainda não está no sinTOMnizado, mas talvez na
atualização
do final do mês eu coloque.
fale
com Tom Lisboa
02/10/01
Domingo fui ao cinema a assistir O Barato de Grace.
Foi legal, mas o final é meio
irritante. Não gosto muito de falar detalhes sobre o filme antes que a
pessoa
veja. Inclusive prefiro ler críticas somente depois de conferir o filme
na tela. Isto
porque certos jornalistas adoram contar o que não devem pra gente.
O que posso adiantar é que é um filme leve, sem grandes pretensões e
com um
elenco muito legal. Vale como falta de opção de coisa melhor. O bom
mesmo
foi ver o trailer de Os Outros. Me lembrou um pouco a atmosfera de O Sexto
Sentido (é impressionante o que a bilheteria faz não é mesmo?):
claustrofóbico,
cores escuras, pouca luz,... São 12:00 em
ponto. Dei uma parada no meu trabalho para a Socine (Sociedade
Brasileira de Estudos de Cinema). O tema que escolhi é Sexo e Censura em
Hollywood
e devo apresentá-lo em POA dia 08/11. Para quem gosta de cultura inútil
que nem
eu, deixo umas curiosidades sobre o cinema e sexo (logicamente meu
trabalho não é só
isto, mas a gente encontra muita coisa quando começa a estudar):
Romain Gary filmou duas versões de Kill (US 1972), uma com roupa e a
outra sem
roupa. A versão despida foi exibida em países protestantes e a outra em
católicos.
A partir da introdução do Hays Code em 1934, nudez foi
banida de Hollywood por trinta
anos. O primeiro filme a escapar deste corte foi The Pawnbroker (US 1964),
em que uma mulher é
mostrada nua até a cintura. O filme não foi cortado porque a cena foi
considerada essencial
para o desenvolvimento da narrativa pelo código de censura americano.
Isto abriu caminho
para outros filmes que passaram a explorar a nudez e o sexo de forma mais
artística.
Foi também o fim do código de censura, que foi substituído em seguida
pelo rating system.
O primeiro desenho erótico de longa duração foi A
Thousand and One Nights (Jap 1969),
de Eiichi Yamamoto.
O primeiro nu frontal masculino em filme comercial foi
na briga entre Alan Bates e Oliver
Reed em Women in Love (GB 1969), de Ken Russel.
O primeiro filme a abordar a homossexualidade foi Anders
als die Andern (Ger 1919), de
Richard Oswald.
O filme pornográfico mais antigo que se tem registro é
A l´Ecu d´Or ou la bonne auberge
(Fr 1908). Apesar de não existir dúvida que o filme pornográfico já
havia sido feito antes
desta data, por razões óbvias seus registros eram raros.
O primeiro filme a mostrar a representação do ato
sexual foi Êxtase (Cz, 1933).
fale
com Tom Lisboa
30/09/01
Faz tempo que estou para criar este tipo de diário
on-line. Era para ter
começado quando o sinTOMnizado fez o primeiro aniversário, mas acabou
ficando para quase um mês depois. Sem repressão, certo?
A atualização deste mês acabou tendo muitas notícias de cinema, mas
não tenho
culpa se milhares de coisas interessantes nesta área aconteceram nos
últimos 10,
12 dias e eu sou meio cinéfilo. Estou bem curioso para conferir Os
Outros.
Gostei muito também de encontrar uma crítica de O Homem que Amava
as
Mulheres, do Truffaut (um de meus cineastas preferidos) e não
pude deixar de divulgar este livro on-line e gratuito sobre a vida de
James Dean.
Não que eu seja um rebelde sem causa, mas para quem gosta é uma boa
fonte
de dados.
Estou também para comprar o novo cd da Macy Gray. Assim que puder conto
o que achei. O que posso indicar no momento é o cd do Travis chamado
The Invisible Band. Ele não sai do cd-player do meu carro. Aliás, a
trilha do
Moulin Rouge também não. Por hoje acho que é
só. Continue acompanhando as notícias. Como este
site é minha página pessoal, até elas têm muito a ver comigo. Fora
isto, vou falar
um pouco sobre o que estou fazendo, lendo, estudando e vendo. Gostaria
de poder indicar AI, que foi o último filme que assisti, mas acabei
ficando meio
irritado.... Depois eu comento.
fale
com Tom Lisboa
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