Sobre
a
série
Vôo

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Tom Lisboa transita pelo espaço da pintura
aliando prazer e rigor. Rigor na precisão e na definição das cores
chapadas, contidas em áreas delimitadas pelo projeto que antecede a fatura
da pintura. Prazer no aspecto lúdico do tema. A possível rigidez da
geometria brinca com a leveza dos aviões de papel. Ângulos direcionam a
visão do observador, remetendo-o sempre a idéia de vôo, liberdade e ação.
Percebemos, no conjunto das obras, não o fazer compulsivo, mas resultado
de reflexão sobre as possibilidades do lugar na pintura. Fruímos cada
limite, cada cor, com o poder de decisão do artista. Certeza de quem sabe
o que quer e percorre seu caminho com determinação, coragem e muita
traqüilidade.
Cristina Mendes
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